quinta-feira, 21 de março de 2013

CENSURA DA MENTE


Porque choras irmã?
Porque gritas para dentro
quando o mundo esta la fora?
Como queres partilhar calor
carinho ou amor
se tu dentro, dentrinho
apenas falas de dor?
 
Desnuda-te de ti
e pensa nas palavras frias
nos julgamentos de pedra
na lentidão do acto
e na abertura da mão.

Como queres tu participar
num mundo de realidade
se o idealizaste em sonhos
mas olhaste de lado a oportunidade
recuando na aresta, parando na sesta
largando tudo e todos no caminho
olhando apenas a direito
entre casas e palavras,
deixando no abraço
apenas o vazio.

Como queres um mundo mais belo
um viver cuidado
se tu tens um corpo descuidado
um atuar alienado
um andar desorganizado
olhar e falar zangado
e  o lar abandonado.

Dirige a critica a ti
dos livros e pensamentos
do passado em lamentos,
 que leitura fizeste tu na vida
que aroma deixaste no ar,
que marca te identifica
nessa marcha cega no tempo,
nos tropeços do ensinamento.

Pensa mais alto e olha para ti
não te foques na parede do espelho
mas na pessoa que se olha de frente,
com coragem e determinação
humildade, maturidade, coragem  
de apanhar de novo a carruagem
de mudar de direcção.  

Se a marca é a repetição,
repete sim as qualidades
não marteles a mentira e traição
abre o exemplo a seguir
varre o passado, o vicio e o pedir
 escuta a critica e censura
e junta as migalhas sem bolor
trabalha com gosto  persistencia, dedicação
para amanha ao acordar haver uma nova luz
um sorriso e  no coração um novo pão.

Mariatina

CAMINHAR

Pela mão ti mãe carinhosa
levas teu filho ao destino
Pelo abraço forte
levas tu pai  teu filho ao caminho.

Sorri mesmo que a lagrima te espreite
que é o teu sorriso que memoria alegra
e no gosto dos gestos, na dedicação
sem condição
assim permaneceras em teus filhos
teus homens, teus amigos
sempre limpa em candura
dentro do coração.

Não te servem pernas
se não sabes caminhar.
Não te servem braços
se não sabes abraçar
de nada te serve inteligencia
se não sabes criar.

E se o paladar é um  prazer,
o olfacto o compreender,
e o tacto reconhecer,
ai olhos de visão
 sois vos  a abertura da beleza
 o universo da cor
guia na ilusão.

E no gesto do dia a dia
e na palavra do momento
partilhem crianças puras
a mensagem escondida
a educação recebida
do amor incondicional
do respeito da vida.

Miksiana






SOBREMESA


paladar-te é aquele sonho
que não confesso
é o sabor integro de chocolate negro
baunilha  singela mesclada
em suspiros de caramelo.

sobremesa cremosa
leite creme de canela
em colherinhas lentas
entre risos e cavaqueira
és tu a delicia
que me faz sorrir
mesmo sem te ver.

Envolver-te em natas frescas
perfumadas de aniz
sempre naquela companhia cumplice
entre o Porto e aguardente
enquanto e chuva fininha
acaricia  a janela
procurando ela em mim
o quente do doce
o macio de ti.

Miksiana

domingo, 17 de março de 2013

Renascer


Hoje e´ Domingo, um novo dia,
um domingo de Março,
fresco na aragem,
quente no Sol,
e uma magia no ar.
Um desalento , um acordar atento
uma abertura no pensamento.

Ha o sentimento de magia
onde os livros verbalizam
o espelho  não é  mais imagem
é um silencio na criação
um eco em germinação
um  viver da imaginação.

As imagens tomam forma
a  melodia preenche a palavra
e as flores são crianças
de um mundo etereo,
 refractario,  perfumado
reflexos uma beleza de terra pura,
areia branca, transparente, carente .

E´ o alvorecer do homem  pensar ,
 sem demora, no anseio do olhar, amar ou odiar.
Onde todos somos gigantes e amantes de vida
essencias de embrião nos homens que trabalham
e das mulheres que cuidam e vigiam.
E` o retornar das origens em flor de sal
do tudo ou nada em frutos de pimenta
pintar um mundo colorido de gosto,
criado no amor,  moldado no calor,
o despertar do desejo sem rosto,
com ardor...

E´ um mundo novo
de laços,  tranças e nós.
 Lares alveolos de abelhas
 mãos dadas em sorriso
 celulas em ritmo de formiga.
O calor do abraço ao sol,
força unida de mar de sabores
num  tempo aberto sem fronteiras,
pra la do horizonte das sensações
um grito de emoções nas funções
tenue barreira manchada, arrancada,
da lagrima de gerações.


Sem saudade, sem medo,
apenas em presença, protecção,
partilha e beleza, união...
Este é o acordar da primavera.
A boca vermelha de uma nova era
de tons vivos, ardentes e fortes
onde a lagrima é um rio
e a pedra um navio.

Tempo e espaço são anel
 O sentimento sem papel
 Fugaz,  acorda o movimento
 espiral de carrossel para todos os seres,
na abertura dos baus
 nos segredos  de todas as lendas,
criações, ilusões e maldições
acordadas dos favos de mel.

Miksiana

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